Como fazer um testamento: orientações básicas

Fazer um testamento é uma ação importante para garantir que seus desejos sejam cumpridos após o seu falecimento. É um documento legal que estabelece como os seus bens serão distribuídos e quem serão os beneficiários. Neste artigo, vamos fornecer orientações básicas sobre como fazer um testamento no Brasil, ressaltando sua importância e os passos necessários para sua elaboração.

Conheça os tipos de testamento

Existem diferentes tipos de testamento previstos na legislação brasileira. É importante conhecer cada um deles para escolher aquele que melhor atende às suas necessidades. Os principais tipos são:

Testamento público

É lavrado em cartório, na presença de um tabelião e de duas testemunhas. O tabelião é responsável por garantir que a vontade do testador seja devidamente registrada e que todas as formalidades legais sejam cumpridas. Esse tipo de testamento oferece maior segurança jurídica e é o mais comum no Brasil.

Testamento cerrado

É escrito pelo próprio testador ou por outra pessoa a seu pedido. Deve ser apresentado a um tabelião em um envelope lacrado, na presença de duas testemunhas. O tabelião irá certificar que o documento foi elaborado de acordo com a vontade do testador. O testamento cerrado só será aberto após o falecimento do testador.

Testamento particular

É redigido pelo próprio testador, sem a necessidade de um tabelião. No entanto, a lei exige a participação de três testemunhas, que deverão assinar o testamento, junto com o testador, para poderem atestar sua autenticidade posteriormente.

Consulte um advogado especializado

Embora não seja obrigatório, é altamente recomendável consultar um advogado especializado em direito sucessório para auxiliá-lo na elaboração do testamento. Um profissional qualificado poderá orientá-lo sobre as melhores opções e garantir que o documento seja redigido de acordo com a legislação vigente, evitando possíveis contestações futuras. O descumprimento de alguma formalidade prevista na lei pode gerar a invalidade do ato. A existência dos chamados “herdeiros necessários”, por exemplo, impõe algumas restrições ao testador. É preciso conhecê-las, de modo a tirar o máximo proveito da técnica de elaboração do testamento.

Defina seus desejos e beneficiários

Antes do testamento, é essencial definir claramente seus desejos e quem serão os beneficiários de seus bens. Considere todos os aspectos relevantes, como a divisão dos bens, a nomeação de herdeiros e a indicação de eventuais legados (coisas certas, determinadas), como doações para instituições de caridade.

Escreva o testamento com clareza

Ao redigir o testamento, seja claro e específico em relação aos seus desejos. Evite ambiguidades ou termos genéricos, que possam gerar interpretações diferentes. Descreva detalhadamente quais são os bens a serem distribuídos e como eles devem ser divididos entre os beneficiários.

Formalize o testamento

Após redigir o testamento, é necessário formalizá-lo de acordo com o tipo escolhido. Se optar pelo testamento público, agende um horário em um cartório de notas e leve seus documentos pessoais. Se preferir o testamento cerrado, escreva o documento em papel comum, dobre-o e o coloque em um envelope lacrado. No caso do testamento particular, assine-o e peça para que pelo menos três testemunhas também o assinem. Atenção: dentre outros detalhes, a lei exige que o testamento seja lido para elas.

Guarde o testamento em local seguro

Salvo em se tratando de testamento público, quanto aos demais, após a formalização é fundamental guardar o documento em um local seguro e acessível. Informe aos beneficiários sobre a existência do documento e onde ele está armazenado. Eles não precisam ter conhecimento de seu teor. Se optar pelo testamento público, o próprio tabelião irá registrar o documento em um livro próprio e fornecerá uma cópia autenticada. Mesmo que esta venha a se extraviar, o testamento estará seguro, tendo em vista que registrado em cartório.

Do sigilo

É recomendável não divulgar o conteúdo de um testamento, seja para não melindrar pessoas que não tenham sido beneficiadas por ele, seja para deixar o testador mais à vontade caso, em momento futuro, queira alterar o seu teor.

Conclusão

Fazer um testamento é uma maneira de garantir que seus bens sejam distribuídos de acordo com sua vontade e evitar conflitos familiares no futuro. Siga as orientações básicas apresentadas neste artigo e, se necessário, procure o auxílio de um advogado especializado para garantir que seu testamento seja elaborado corretamente. Lembre-se de revisar o documento periodicamente e atualizá-lo sempre que ocorrerem mudanças significativas em sua vida ou em sua família.

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Holding empresarial, o que é e quais são suas finalidades

O mundo dos negócios é repleto de termos e conceitos que podem parecer complexos para aqueles que não estão familiarizados com eles. Um desses termos é o “holding”. Neste artigo, vamos explorar o significado e as finalidades de uma holding, bem como seu papel no cenário empresarial.

O que é uma holding?

Sem ingressarmos a outras definições recentemente adotadas, na origem e de forma geral, holding é uma empresa que possui ações de outras empresas. Ela é criada com o propósito específico de adquirir participações em outras empresas e controlar suas operações. Em outras palavras, uma holding é uma empresa que possui o controle acionário de uma ou mais empresas, conhecidas como subsidiárias. 

Comumente, a expressão holding empresarial, cujo objetivo é de participar e de administrar um grupo empresarial, também é designada pelos termos empresa-mãe, sociedade gestora, sociedade controladora etc…

Tipos de holdings

Existem diferentes tipos de holdings, cada uma com suas características específicas. Vamos explorar alguns dos principais tipos do cenário empresarial:

Holding pura

Uma holding pura é uma empresa cujo objetivo principal é deter ações de outras empresas. Ela não se envolve diretamente na produção de bens ou serviços, mas sim na gestão estratégica das subsidiárias. A holding pura geralmente possui uma participação majoritária nas subsidiárias e tem o poder de tomar decisões importantes em seu nome.

Holding mista

Uma holding mista, como o nome sugere, combina características da holding pura e da holding operacional. Além de deter participações em outras empresas, a holding mista também se envolve nas atividades operacionais das subsidiárias. Isso significa que ela desempenha um papel ativo na gestão dos negócios das empresas controladas.

Holding financeira

A holding financeira é uma empresa que tem como principal atividade a gestão de ativos financeiros. Ela investe em diferentes tipos de instrumentos financeiros, como ações, títulos e fundos. A holding financeira visa obter retorno financeiro por meio desses investimentos e pode ter participações em empresas de diversos setores.

Finalidades de uma holding

Agora que entendemos o que é uma holding no cenário empresarial, vamos analisar algumas de suas finalidades mais comuns:

Gestão estratégica

Uma das principais finalidades de uma holding é exercer a gestão estratégica das empresas controladas. A holding pode definir as diretrizes gerais para todas as subsidiárias, estabelecendo metas e objetivos a serem alcançados. Isso permite uma maior coordenação e sinergia entre as empresas do grupo, além de facilitar a implementação de estratégias de longo prazo.

Proteção patrimonial

Outra finalidade importante da holding é a proteção patrimonial. Ao adquirir participações em outras empresas, a holding diversifica seus investimentos e reduz o risco de perdas em caso de problemas financeiros em uma das subsidiárias. Além disso, a holding também pode utilizar estruturas jurídicas complexas para proteger o patrimônio pessoal dos acionistas.

Planejamento sucessório

A criação de uma holding pode ser uma estratégia eficiente para o planejamento sucessório. Por meio da holding, é possível transferir o controle acionário das empresas para os herdeiros de forma organizada e planejada. Isso evita disputas familiares e garante a continuidade dos negócios, mantendo a harmonia e a estabilidade da empresa.

Benefícios fiscais

As holdings também podem oferecer benefícios fiscais significativos. Em alguns países, há regimes tributários especiais para as holdings, como a isenção de impostos sobre dividendos recebidos das subsidiárias. Além disso, a holding pode realizar uma gestão mais eficiente dos tributos, aproveitando deduções e incentivos fiscais disponíveis.

Conclusão

Em resumo, uma holding empresarial é uma empresa que detém ações de outras empresas, exercendo o controle acionário sobre elas. Ela desempenha um papel fundamental na gestão estratégica das subsidiárias, oferecendo proteção patrimonial, possibilitando o planejamento sucessório e aproveitando benefícios fiscais. Compreender o conceito de holding é essencial para quem busca uma visão abrangente do mundo dos negócios e suas diversas estruturas.

Os direitos e deveres dos avós em relação aos netos

A natureza complexa das estruturas familiares no contexto brasileiro atual tem dado destaque ao papel fundamental dos avós. A figura dos avós não é apenas simbólica, mas também possui importantes implicações jurídicas no que diz respeito aos direitos e deveres em relação aos netos. Assim, é crucial entender esses direitos à luz da legislação brasileira para garantir sua correta aplicação.

Os direitos fundamentais dos avós

Direito à convivência familiar

O direito à convivência familiar é um dos direitos mais essenciais que estão garantidos pela Constituição Federal do Brasil. Este direito, que se estende aos avós, reconhece a importância deles na vida dos netos. Estabelece que os avós têm o direito de passar tempo de qualidade com seus netos, desempenhando um papel ativo em seu desenvolvimento e crescimento.

Direito de visitas

O direito de visitas dos avós aos netos é outro aspecto crucial da legislação brasileira. Este direito é garantido pela legislação civil e tem como objetivo manter e fortalecer os laços afetivos entre avós e netos. Este direito é especialmente importante para manter a continuidade dos relacionamentos familiares, mesmo quando os pais dos netos estão ausentes ou indisponíveis.

A importância do direito de visitas

O direito de visitas tem sido objeto de considerável discussão jurídica. Ele reconhece que a relação entre avós e netos é vital para o bem-estar emocional e social dos netos. Esta relação não é apenas uma fonte de amor e apoio emocional, mas também proporciona uma sensação de continuidade e estabilidade que pode ser especialmente importante para crianças que estão passando por mudanças ou instabilidade em suas vidas.

Direitos dos avós na ausência dos pais

Guarda e tutela

Em certos casos, quando os pais estão ausentes, incapacitados ou negligenciando seus deveres parentais, os avós têm o direito de solicitar a guarda ou a tutela dos netos. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em seu artigo 33, parágrafo 2º, permite que, em tais situações, a guarda dos netos possa ser dada aos avós. Esta é uma importante disposição legal que garante que os netos possam ser cuidados em um ambiente seguro e amoroso, mesmo quando os pais não possam cuidar deles.

A guarda é um direito-dever: o guardião da criança tem o direito-dever de proteger, defender, vigiar, preservar. Em dadas circunstâncias, pode ser conferido judicialmente a algum parente próximo e, em isso ocorrendo, é oponível aos próprios pais do menor.

Quando conferida a alguém que não seja o pai ou a mãe da criança, a guarda acaba sendo uma via preparatória para a concessão da tutela.

A tutela representa um passo além, na medida em que pressupõe a suspensão ou destituição do poder familiar dos pais em relação ao menor, passando todos os cuidados a serem exercidos pelo tutor.

Pensão alimentícia

Dependendo da perspectiva pela qual se olhe, a pensão alimentícia pode ser vista como um direito ou uma obrigação dos avós em relação aos netos. Eles tanto podem auxiliar a suprir as necessidades materiais dos netos por um ato de vontade, como, em dadas circunstâncias, podem ser forçados a isso, caso os pais dos menores não disponham de recursos suficientes.

Isso está previsto especificamente no artigo 1.698 do Código Civil.

Vale destacar que essa regra garante que as necessidades básicas dos netos sejam atendidas, independentemente da situação financeira dos pais.

Implicações jurídicas dos direitos dos avós

Os direitos dos avós em relação aos netos têm várias implicações jurídicas. Eles garantem que os netos possam ter um relacionamento contínuo e enriquecedor com os avós, mesmo em situações difíceis. Além disso, esses direitos também proporcionam uma salvaguarda legal para que os avós consigam manter seu relacionamento com os netos, mesmo quando os pais se opõem ou são incapazes de garantir o cuidado necessário aos menores.

Conclusão

Em conclusão, é inegável que a legislação brasileira atribui grande importância ao papel dos avós na vida dos netos. Os direitos dos avós são significativos e visam a fortalecer e proteger a relação especial entre avós e netos. A compreensão desses direitos é fundamental para garantir que sejam respeitados e aplicados adequadamente, promovendo o bem-estar das crianças e mantendo a harmonia familiar.Consulte outros conteúdos disponibilizados em nossas redes sociais, tanto em forma de artigos, como em forma de vídeos e podcasts. Dê-nos o prazer de sua visita e curtida! Até mais.

Os principais cuidados jurídicos na hora da vender um imóvel 

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A venda de imóvel é um momento importante na vida de qualquer pessoa. No entanto, é fundamental adotar cuidados jurídicos para garantir que todo o processo ocorra de forma segura e dentro das leis vigentes. Neste artigo, vamos abordar os principais cuidados que você deve ter ao vender um imóvel, destacando questões legais e fornecendo-lhe orientações para garantir uma transação tranquila e bem-sucedida. 

Conheça a legislação aplicável 

Ao iniciar o processo de venda de um imóvel, é essencial conhecer a legislação aplicável. No Brasil, existem diversas leis e normas que regulamentam as transações imobiliárias, como o Código Civil, a Lei de Registros Públicos, a Lei do Inquilinato, entre outras. É importante ter familiaridade com essas leis para evitar problemas futuros e garantir que todos os procedimentos sejam realizados de acordo com a legislação vigente. 

Realize a due diligence, organizando e verificando a documentação do imóvel e do comprador  

A due diligence é uma investigação minuciosa que visa verificar todas as informações relevantes sobre o imóvel e as partes envolvidas na negociação. Durante esse processo, é necessário verificar questões como a existência de ações judiciais envolvendo o imóvel, dívidas pendentes, regularidade das construções junto à Prefeitura, assim como na respectiva Matrícula do bem, dentre outros aspectos. Essa análise detalhada ajuda a identificar eventuais riscos e evitar problemas futuros. 

Para isso, antes de colocar o imóvel à venda, organize cuidadosamente toda a documentação relacionada a ele. Certifique-se de que você conste como proprietário do bem e que não existam pendências ou ônus que possam afetar a venda. Além disso, verifique se o imóvel está livre para a venda e regularizado junto aos órgãos competentes, como prefeitura e, se for o caso, órgãos ambientais.  

Ainda neste contexto, a verificação da documentação do comprador é uma etapa essencial para o vendedor de imóvel, pois visa garantir a segurança jurídica da transação, proteger os interesses do vendedor e prevenir problemas legais e financeiros. Existem diversas razões pelas quais essa verificação é necessária. As principais são: 

1 – Verificação da capacidade legal: O vendedor precisa garantir que o comprador seja uma pessoa juridicamente capaz de celebrar contratos. Isso envolve verificar se o comprador é maior de idade e possui capacidade mental para assumir obrigações contratuais; 

2 – Garantia de recursos financeiros: Ao verificar a documentação do comprador, o vendedor pode confirmar se o comprador possui os recursos financeiros necessários para adquirir o imóvel. Isso inclui a análise de comprovantes de renda, extratos bancários ou qualquer outra evidência que demonstre que o comprador possui os meios para cumprir com o pagamento acordado; e, 

3 – Prevenção de fraudes e problemas legais: A verificação da documentação também ajuda a evitar possíveis fraudes e problemas legais. O vendedor deve verificar a identidade do comprador, como por meio de documentos de identificação, para garantir que a transação esteja sendo conduzida com a pessoa correta. Além disso, a análise dos antecedentes criminais do comprador e a consulta aos órgãos de proteção ao crédito podem ajudar a identificar qualquer problema pré-existente que possa afetar a negociação. 

Contrate um advogado especializado 

Para garantir segurança e evitar problemas jurídicos durante o processo de venda do imóvel, é indispensável contar com o auxílio de um advogado especializado em direito imobiliário. Um profissional qualificado poderá orientá-lo em todas as etapas da negociação, revisar contratos, providenciar e verificar a documentação pertinente em due diligence, assim como esclarecer eventuais dúvidas dos contratantes, o que ajudará na conclusão do negócio. 

Faça um contrato de compromisso de compra e venda 

Um contrato compromissando as partes a realizarem a compra e venda é essencial para formalizar a transação imobiliária. Nesse documento, devem constar todas as informações relevantes sobre o negócio, como identificação das partes envolvidas, descrição do imóvel, valor, forma de pagamento, prazo de entrega, entre outras cláusulas importantes. É fundamental que o contrato seja redigido de forma clara e objetiva, de acordo com a legislação vigente. 

Providencie a escritura pública e registro dela no Cartório de Registro de Imóveis 

Após a negociação ser concluída, e sendo ela documentada por meio do compromisso particular de compra e venda, não se esqueça que, pago o preço conforme estabelecido no compromisso referido, é necessário realizar a lavratura da escritura pública de compra e venda. Esse documento é elaborado em cartório de tabelionato de notas e é a prova legal da transferência do imóvel para o comprador. É importante que todas as partes envolvidas estejam presentes durante a lavratura da escritura, ou representadas por procurador legalmente habilitado para o ato, e que ela seja registrada no cartório de registro de imóvel competente, ocasião na qual é efetivada a transferência da propriedade. 

Pague os impostos e taxas 

Ao vender um imóvel, é necessário estar ciente das obrigações tributárias decorrentes dessa transação. É comum o pagamento do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), que deve ser recolhido ao município, sendo esta obrigação exclusiva do Comprador. Mas não se esqueça que, dependendo da situação, podem ser aplicáveis outros impostos e taxas, como o Imposto de Renda sobre o ganho de capital, este a cargo do vendedor. É importante estar informado sobre essas obrigações para zelar pelo pagamento dentro dos prazos legais estabelecidos ou até mesmo para obter isenção do imposto, evitando-se, assim, surpresas e eventuais prejuízos financeiros. 

Conclusão 

A venda de um imóvel envolve diversos cuidados jurídicos que devem ser observados para garantir a segurança e a legalidade da transação. Neste artigo, destacamos os principais pontos que você deve considerar ao vender um imóvel, como conhecer a legislação aplicável, verificar a documentação, contar com o auxílio de um advogado especializado, fazer um contrato de compra e venda, realizar a due diligence, providenciar e registrar a escritura pública, assim como cumprir com as obrigações tributárias. 

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Direitos e deveres dos pais na guarda compartilhada

A guarda compartilhada é uma modalidade de guarda dos filhos após a separação dos pais. Neste modelo, ambos os genitores têm responsabilidades iguais e direitos na tomada de decisões sobre a vida dos filhos. Vamos abordar os principais direitos e deveres dos pais na guarda compartilhada e como isso afeta a vida das crianças.

Direitos dos pais na guarda compartilhada

Convivência e acesso: Ambos os pais têm o direito de conviver (direito de convivência) e manter contato com seus filhos. A convivência deve ser estabelecida de forma equilibrada, garantindo que a criança possa desfrutar do convívio familiar com ambos os genitores.

Tomada de decisões: Os pais têm o direito de participar ativamente nas decisões importantes da vida dos filhos, como escolha da escola, questões de saúde e outras decisões que afetem o bem-estar das crianças.

Informações: Ambos os pais têm o direito de receber informações sobre a vida escolar, médica e social dos filhos, garantindo assim uma participação efetiva na criação e educação das crianças.

Deveres dos pais

Pensão alimentícia: A pensão alimentícia é uma obrigação de ambos os pais, sendo proporcional à capacidade financeira de cada um. A pensão é destinada a garantir o sustento e bem-estar das crianças, incluindo despesas com saúde, educação e lazer.

Educação e formação: Os pais são responsáveis pela educação e formação dos filhos, garantindo o acesso a uma educação de qualidade e a oportunidades que possam contribuir para o desenvolvimento integral das crianças.

Saúde: Os pais devem garantir a saúde e bem-estar dos filhos, incluindo cuidados médicos, odontológicos e psicológicos quando necessário.

Acompanhamento e responsabilidade: Ambos os pais devem acompanhar e participar das atividades escolares, médicas e sociais dos filhos, demonstrando responsabilidade e interesse no desenvolvimento das crianças.

Como a guarda compartilhada beneficia as crianças

 

Convivência equilibrada: A guarda compartilhada permite que as crianças mantenham um relacionamento próximo e saudável com ambos os pais, o que contribui para o seu desenvolvimento emocional e social.

Estabilidade emocional: A guarda compartilhada ajuda a reduzir os conflitos entre os pais e proporciona uma sensação de estabilidade e segurança emocional para as crianças.

Desenvolvimento integral: Com a participação ativa de ambos os pais na vida das crianças, elas têm acesso a um ambiente familiar enriquecedor, que favorece seu desenvolvimento físico, intelectual e emocional.

Conclusão

 

A guarda compartilhada é uma opção que visa a garantir o bem-estar e o desenvolvimento das crianças após a separação dos pais. Ao conhecer os direitos e deveres dos pais na guarda compartilhada, é possível garantir que as crianças sejam criadas em um ambiente saudável e equilibrado, onde ambos os genitores participam ativamente de sua criação e educação, proporcionando a melhor base possível para o seu crescimento e desenvolvimento pessoal, emocional e intelectual, atingindo-se, assim, com a maior plenitude possível o princípio do melhor interesse do menor e da dignidade da pessoa humana.

Como realizar alterações no contrato social de uma sociedade

Como realizar alterações no contrato social

Entender como realizar alterações no contrato social de uma sociedade é fundamental para garantir a eficiência e a legalidade das operações de uma empresa. Neste artigo, abordaremos o passo a passo para modificar o contrato social, os motivos comuns para as alterações e os cuidados que devem ser tomados ao longo do processo.

Motivos comuns para alterações no contrato social

Mudança na estrutura societária: A entrada ou saída de sócios, mudança na participação acionária ou na distribuição de lucros são exemplos de alterações que exigem a modificação do contrato social.

Alteração do nome (denominação social ou firma): Uma empresa pode optar por alterar seu nome por razões estratégicas ou para se adequar a mudanças no mercado.

Mudança de endereço: A transferência da sede da empresa, seja para outra cidade ou estado, implica a necessidade de atualizar o contrato social.

Alteração no objeto social: Empresas podem expandir ou reduzir suas áreas de atuação, o que exige uma atualização do objeto social no contrato.

Mudança no capital social: A empresa pode optar por aumentar ou diminuir seu capital social, o que também exige uma alteração no contrato.

Passo a passo para realizar alterações no contrato social

 

Deliberação entre os sócios: A primeira etapa para realizar alterações no contrato social é a deliberação entre os sócios, que devem chegar a um acordo sobre as mudanças desejadas.

Elaboração da alteração contratual: Após a deliberação, deve-se elaborar a alteração contratual, que deve conter as informações necessárias sobre as modificações, como a descrição das cláusulas alteradas e a justificativa para as mudanças.

Assinatura pelos sócios: A alteração contratual deve ser assinada por todos os sócios, reconhecendo a vontade de realizar as modificações.

Registro na Junta Comercial: A alteração contratual deve ser registrada na Junta Comercial do estado onde a empresa está sediada. O prazo para o registro varia conforme a legislação estadual.

Atualização dos órgãos competentes: Após o registro na Junta Comercial, é necessário atualizar as informações da empresa junto aos órgãos competentes, como a Receita Federal, Prefeitura e demais órgãos reguladores, conforme a atividade exercida pela empresa.

Cuidados ao realizar alterações no contrato social

Consultar um advogado ou contador: A ajuda de um profissional especializado é essencial para garantir a conformidade das alterações com a legislação vigente e evitar problemas futuros.

Avaliar o impacto das mudanças: É importante considerar os efeitos das alterações no contrato social para a empresa, como a necessidade de novos investimentos, reestruturação de processos internos e possíveis alterações na tributação.

Comunicação interna e externa: Manter os colaboradores informados sobre as alterações no contrato social e comunicá-las aos clientes e fornecedores é fundamental para garantir a continuidade das operações e a manutenção de uma boa reputação no mercado.

Prazos e custos: Verificar os prazos e custos envolvidos no processo de alteração do contrato social é essencial para planejar adequadamente a execução das mudanças e evitar surpresas desagradáveis.

Documentação necessária: Certificar-se de reunir todos os documentos exigidos pelos órgãos competentes para a realização das alterações no contrato social, como atas de reuniões, comprovantes de endereço e documentos pessoais dos sócios.

Conclusão

Realizar alterações no contrato social de uma sociedade é um processo que exige atenção e cuidado, tanto na elaboração da documentação quanto no cumprimento dos procedimentos legais. Contar com o apoio de profissionais especializados e manter-se atualizado sobre as exigências legais é fundamental para garantir o sucesso das modificações e a continuidade das operações da empresa.

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Planejamento sucessório: como garantir a tranquilidade da família no futuro

Planejamento sucessório

O planejamento sucessório é uma estratégia fundamental para garantir a segurança e tranquilidade da família no futuro. Este processo envolve a organização e distribuição dos bens e recursos entre os herdeiros, de forma a evitar conflitos e garantir a continuidade da gestão do patrimônio. Neste artigo, abordaremos os principais aspectos do planejamento sucessório e como ele pode ser implementado de forma eficiente.

Importância do planejamento sucessório

Prevenção de conflitos familiares

Um dos principais objetivos do planos sucessório é evitar desentendimentos e disputas entre os herdeiros após a morte do titular dos bens. Quando não há um planejamento prévio, a divisão do patrimônio pode gerar tensões e desgastes entre os familiares, comprometendo a harmonia e a união familiar.

Proteção do patrimônio

O planejamento sucessório permite a preservação e a continuidade da gestão dos bens e recursos da família. Isso é especialmente importante em casos de empresas familiares, onde a falta de um plano de sucessão pode levar à perda de valor e ao enfraquecimento do negócio.

Redução de impostos e custos

Outra vantagem do planejamento sucessório é a possibilidade de reduzir os custos e impostos relacionados à transferência dos bens para os herdeiros. Ao organizar a sucessão de forma estratégica, é possível minimizar o impacto financeiro dessa transição e garantir uma distribuição mais eficiente dos recursos.

Estratégias para um planejamento sucessório eficiente

Elaboração de um testamento

O testamento é uma das principais ferramentas utilizadas no planejamento sucessório. Através dele, o titular dos bens pode determinar a divisão de seu patrimônio entre os herdeiros, bem como indicar outras disposições, como a nomeação de tutores para os filhos menores e a destinação de recursos para fins específicos.

Uso de instrumentos jurídicos

Além do testamento, outras ferramentas jurídicas podem ser utilizadas no planejamento sucessório, como a constituição de holdings familiares e a criação de doações com reserva de usufruto. Esses instrumentos permitem a organização e a proteção do patrimônio, além de possibilitar a redução de custos e impostos.

Planejamento tributário

O planejamento tributário é uma etapa importante do planejamento sucessório. É necessário analisar a legislação vigente e as possíveis alterações futuras, de forma a minimizar os encargos fiscais relacionados à transferência dos bens e recursos.

Diálogo e envolvimento da família

O sucesso do planejamento sucessório depende, em grande parte, do envolvimento e do diálogo entre os membros da família. É fundamental que os herdeiros estejam cientes das decisões tomadas e que haja um clima de abertura e transparência para a discussão dos temas relacionados à sucessão.

Conclusão

O planejamento sucessório é uma estratégia essencial para garantir a tranquilidade da família no futuro e a preservação do patrimônio. Ao estabelecer um plano de sucessão bem estruturado, é possível prevenir conflitos, proteger os bens e recursos e minimizar os custos e impostos envolvidos na transferência do patrimônio. Além disso, o envolvimento e o diálogo entre os familiares são fundamentais para o êxito desse processo.

Consultoria especializada

Para assegurar a eficácia do planejamento sucessório, é recomendável contar com o apoio de profissionais especializados, como advogados, contadores e consultores financeiros. Esses profissionais podem orientar a família na escolha das melhores estratégias e instrumentos jurídicos, além de auxiliar na elaboração de um plano adequado.

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Os aspectos legais da mediação no Brasil

mediação

A mediação é uma forma de resolução alternativa de conflitos, que tem ganhado espaço no Brasil. Trata-se de um método em que as partes envolvidas em uma disputa buscam a solução de seus problemas por meio de um mediador imparcial, que auxilia na comunicação e na negociação entre elas. Este artigo aborda os principais aspectos legais da mediação no Brasil, desde sua regulamentação até sua aplicação prática em diferentes contextos.

Cada vez mais, é preciso considerar qual meio de resolução de conflito será utilizado para cada caso especificamente, abandonando-se a obsoleta ideia da inevitável judicialização.

A Lei de Mediação (Lei nº 13.140/2015)

A Lei de Mediação é a principal norma que regula a prática da mediação no Brasil. Ela estabelece as diretrizes, os princípios e as condições para a realização da mediação, tanto judicial quanto extrajudicialmente. Entre os princípios fundamentais da mediação, destacam-se a imparcialidade do mediador, a confidencialidade das informações, a autonomia das partes e a decisão informada.

A escolha do mediador e os requisitos legais

A escolha do mediador é um aspecto crucial no processo de mediação. A Lei de Mediação estabelece que o mediador deve ser pessoa capaz, com formação específica em mediação e que atenda aos requisitos de idoneidade e competência técnica. Além disso, é fundamental que o mediador seja imparcial e não possua qualquer interesse no conflito, garantindo a isenção necessária para conduzir o processo de forma adequada.

A capacitação do mediador

A formação e a capacitação do mediador são aspectos fundamentais para garantir a qualidade do processo de mediação. A Resolução nº 125/2010, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), estabelece as diretrizes para a formação e a certificação de mediadores judiciais e extrajudiciais. Essa resolução determina, entre outros aspectos, a carga horária mínima de cursos e a necessidade de atualização periódica dos mediadores.

É ela um grande marco no avanço da mediação no sistema legislativo brasileiro, com consequência direta na elaboração da Lei acima mencionada.

A mediação judicial e a mediação extrajudicial

A mediação pode ser realizada tanto no âmbito judicial quanto no extrajudicial. A mediação judicial ocorre quando o conflito já está sendo discutido perante o Poder Judiciário, e o juiz determina a realização da mediação como forma de solucionar a disputa. Já a mediação extrajudicial ocorre antes do início de um processo judicial, e as partes envolvidas buscam a resolução do conflito de forma autônoma, sem a interferência do Poder Judiciário. Também é possível, e muito recomendável, haver a mediação extrajudicial durante a tramitação do processo, suspendendo-se o seu andamento para tanto.

Os benefícios da mediação extrajudicial

A mediação extrajudicial apresenta diversas vantagens em relação à judicialização de conflitos. Entre os benefícios, destacam-se a agilidade na resolução da disputa, a redução dos custos processuais, a preservação do relacionamento entre as partes e a possibilidade de soluções criativas e personalizadas, sem delegar para terceiros o que deve ser decidido por si próprio.

A homologação judicial dos acordos de mediação

Os acordos de mediação podem ser homologados judicialmente, conferindo-lhes força executiva. Isso significa que, uma vez homologado, o acordo tem o mesmo efeito de uma decisão judicial, podendo ser executado em caso de descumprimento. A homologação judicial dos acordos é prevista tanto na Lei de Mediação quanto no Código de Processo Civil (CPC), garantindo segurança jurídica às partes envolvidas. Quando o próprio envolvido toma a decisão sem delegá-la a terceiro, e não sendo obrigado a tomá-la, reduz fortemente o índice de descumprimento.

A mediação em diferentes áreas do direito

A mediação pode ser aplicada em diversas áreas do direito, como em conflitos familiares, empresariais, trabalhistas, ambientais, entre outros. Em cada área, a mediação pode ser adaptada às particularidades do caso e às necessidades das partes envolvidas, possibilitando soluções específicas e adequadas ao contexto.

Mediação familiar

O âmbito familiar é uma das áreas em que a mediação tem ganhado destaque no Brasil. Ela é especialmente indicada para resolver conflitos relacionados a questões de família, como divórcio, guarda de filhos, pensão alimentícia e partilha de bens. A mediação familiar busca preservar o relacionamento entre as partes e minimizar os impactos negativos do conflito, especialmente no que diz respeito aos filhos envolvidos.

Mediação empresarial

Nos conflitos empresariais a mediação tem sido cada vez mais utilizada. Ela é aplicável a conflitos entre empresas, sócios ou entre empresas e clientes, envolvendo questões contratuais, comerciais, societárias e outras. A mediação empresarial permite que as partes encontrem soluções rápidas e eficazes, evitando a judicialização de conflitos e contribuindo para a preservação de relacionamentos comerciais que se perpetuam ao longo do tempo.

A importância da cultura da mediação no Brasil

A disseminação da cultura da mediação no Brasil é fundamental para a consolidação desse método de resolução de conflitos. A capacitação de mediadores, a conscientização dos profissionais do direito e a informação à população são fatores cruciais para que a mediação seja cada vez mais utilizada e reconhecida como um meio adequado, eficiente e justo de solução de disputas.

Os advogados têm um papel fundamental no processo de mediação, atuando como assessores e representantes de seus clientes. Eles são responsáveis por orientar as partes envolvidas sobre seus direitos e deveres, bem como auxiliar na negociação e na elaboração dos acordos de mediação. Além disso, os advogados podem contribuir para a disseminação da cultura da mediação, incentivando a utilização desse método de resolução de conflitos sempre que possível.

Conclusão

A mediação se apresenta como uma opção eficiente e flexível para a resolução de conflitos no Brasil, abrangendo diversas áreas do direito e trazendo benefícios significativos, como a agilidade, a redução de custos e a preservação de relacionamentos. A legislação brasileira, por meio da Lei de Mediação e das diretrizes do Conselho Nacional de Justiça, estabelece um arcabouço jurídico sólido e consistente, que visa a garantir a qualidade e a efetividade do processo de mediação. A capacitação de mediadores e advogados, bem como a disseminação da cultura da mediação, são fundamentais para o avanço dessa prática no país e para o reconhecimento de seu potencial como uma alternativa justa e eficaz na solução de disputas.

Guia completo para divórcio: tudo o que você precisa saber

guia do divórcio

O divórcio é uma decisão difícil e dolorosa para muitas pessoas. É uma experiência que envolve emoções intensas e uma grande quantidade de questões legais e financeiras. Se você está considerando se divorciar, é importante entender o processo e ter ao menos alguma ideia sobre os seus direitos.

Neste guia, iremos abordar tudo o que você precisa saber sobre o divórcio, desde as etapas do processo até a divisão de bens e pensão alimentícia. Acompanhe-nos!

 

Etapa 1: Resolução Amigável

Antes de entrar com um processo de divórcio, é importante que você tente resolver a situação de forma amigável com seu cônjuge. O divórcio amigável é uma opção menos estressante e cara para ambas as partes envolvidas.

Mesmo nesta etapa, é importante contarem com a ajuda de um advogado para auxiliá-los a chegarem a um acordo sobre questões como pensão alimentícia, divisão de bens e guarda dos filhos. Muitas vezes, o conflito é alimentado pela desinformação.

Embora a figura do advogado normalmente seja associada ao conflito, vale dizer que os melhores profissionais estão habilitados para reduzi-lo, inclusive se valendo de técnicas as mais variadas, como as da comunicação não-violenta (CNV).

Etapa 2: Entrada com o Processo

Se o divórcio amigável não for possível, a próxima etapa é entrar com o processo de divórcio. Para isso, é necessário contar com um advogado especializado em direito de família, que será incumbido de elaborar a petição inicial.

A petição inicial é um documento que contém as informações básicas do casal, como nome, endereço e a manifestação da vontade de se divorciar. É por meio dela que se solicita a abertura do processo de divórcio. Não é preciso informar os motivos pelos quais se busca o fim do casamento. A simples declaração de não desejar mais permanecer casado é suficiente para que o juiz decrete seu fim.

Etapa 3: Resposta do Cônjuge

Após a entrada com a petição inicial, o cônjuge será notificado e terá um prazo para apresentar sua resposta. Nesta etapa, é importante lembrar que o divórcio pode ser contestado, o que torna o processo mais demorado e complexo.

Na verdade, ao contestar, o cônjuge não pode se opor ao pedido de divórcio propriamente dito. Afinal, ninguém é obrigado a permanecer casado. Se o “sim” que foi pronunciado no dia da cerimônia de casamento se transformar em “não”, a parte pode pedir o divórcio e a lei não prevê empecilho para sua decretação.

Nesta etapa, o que o notificado pode fazer é se opor aos pedidos relativos à partilha de bens, guarda ou pensão tal como apresentados pela parte contrária. Exemplo: na petição inicial, uma das partes propõe o regime de guarda unilateral dos filhos, enquanto a outra deseja o regime de guarda compartilhada, e daí por diante.

Se o cônjuge não apresentar a resposta dentro do prazo estipulado, o divórcio será considerado como não contestado, o que acelera o processo.

Etapa 4: Audiência de Conciliação

Após a resposta do cônjuge, normalmente é realizada uma audiência de conciliação, com o objetivo de tentar resolver as questões do divórcio de forma amigável.

Nesta etapa, é importante que ambas as partes compareçam à audiência, acompanhadas de seus advogados. Caso as questões não sejam resolvidas, e havendo necessidade de produzir prova oral, o juiz designará uma data para uma segunda audiência. Contudo, caso não se deseje produzir prova oral, que consiste em ouvir testemunhas ou na tomada do depoimento pessoal das partes, uma segunda audiência não se fará necessária.

Etapa 5: Divisão de Bens e Pensão Alimentícia

Uma das principais questões do divórcio é a divisão de bens e pensão alimentícia. Na hora de dividir os bens, é importante lembrar que não se trata apenas dos bens materiais, mas também dos bens imateriais, como a guarda dos filhos e a pensão alimentícia.

A divisão de bens deve ser feita de forma justa e equilibrada, levando em consideração as contribuições de cada um durante o casamento. Neste momento, terá grande peso o regime de bens escolhido pelos cônjuges no momento do casamento, pois cada regime de bens possui efeitos próprios.

Já a pensão alimentícia é um valor destinado ao sustento dos filhos. E quanto ao próprio cônjuge? Sendo cada vez mais comum ambos trabalharem, é rara a fixação de pensão para o “ex” e, quando feita, respeita determinado período de tempo. Com relação aos filhos, a responsabilidade é conjunta – de pai e mãe –, devendo, porém, ser observada a proporcionalidade dos ganhos de cada um. Não cabe, por exemplo, dividir em partes iguais as despesas dos filhos se um dos responsáveis tem rendimentos três vezes superiores ao do outro.

Etapa 6: Decisão Final

Após todas as etapas do processo, o juiz irá emitir uma decisão final sobre o divórcio, que deve ser respeitada por ambas as partes. Nesta decisão, serão definidas questões como a guarda dos filhos, a pensão alimentícia e a divisão de bens.

É importante lembrar que o divórcio não é o fim do mundo, e sim uma nova etapa na vida de cada um. É fundamental manter a calma e buscar o auxílio de profissionais especializados para garantir que seus direitos sejam respeitados e que o processo seja realizado da forma mais tranquila possível.

Conclusão

O divórcio é um processo complexo e delicado, que envolve emoções intensas e questões legais e financeiras importantes. Para garantir que o processo seja realizado de forma tranquila e justa, é fundamental buscar o auxílio de um advogado especializado em direito de família.

Neste guia completo para divórcio, abordamos todas as etapas do processo, desde a resolução amigável até a decisão final do juiz. Esperamos ele tenha ajudado a entender melhor o processo de divórcio.

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Como escolher o tipo de sociedade ideal para o seu negócio

tipos de sociedade empresarial

Se você está pensando em abrir um negócio, uma das primeiras decisões que você precisará tomar é o tipo de sociedade que deseja constituir. É uma decisão importante, pois a escolha do tipo de sociedade pode afetar diretamente a gestão da empresa, a distribuição de lucros e a responsabilidade dos sócios. Neste artigo, nós vamos explicar algumas diferenças entre os tipos de sociedade mais comuns no Brasil e ajudá-lo(a) a escolher a opção ideal para o seu negócio.

Sociedade Limitada (Ltda)

A Sociedade Limitada, também conhecida como Ltda, é o tipo de sociedade mais comum no Brasil. Neste tipo de sociedade, a empresa é dívida em cotas e os sócios são responsáveis pelas obrigações da empresa até o limite do capital social. Ou seja, se a empresa tiver dívidas, os sócios só serão responsáveis até o valor que nela investiram. Além disso, a Ltda permite uma gestão mais flexível, pois não exige um número mínimo de sócios ou capital social mínimo.

Sociedade Anônima (S.A)

A Sociedade Anônima, ou S.A, é uma opção mais indicada para empresas de grande porte. Neste tipo de sociedade, a empresa é dividida em ações e pode ser de capital aberto ao mercado mobiliário ou de capital fechado. Caso a empresa opte por ser de capital aberto, ela pode levantar capital sem precisar de empréstimos bancários, mas contra a comercialização de suas próprias ações para terceiros na bolsa de valores. A responsabilidade dos sócios é limitada ao preço das ações que possuem na empresa e a S.A exige um número mínimo de sócios e um capital social mínimo.

Sociedade Simples

A Sociedade Simples é um tipo de sociedade indicado para profissionais liberais, como advogados, médicos e dentistas. Neste tipo de sociedade, os sócios respondem ilimitadamente pelas obrigações da empresa. Ou seja, se a empresa tiver dívidas, os sócios serão responsáveis por elas mesmo que ultrapassem o capital social da sociedade.

Cooperativa

A Cooperativa é uma sociedade formada por pessoas que possuem interesses em comum, como agricultores ou profissionais de uma mesma área. E tem como finalidade primária a prestação de serviços, sem fins lucrativos, aos seus sócios cooperados. Neste tipo de sociedade, os sócios cooperados também são proprietários da empresa e têm direito a voto nas decisões da cooperativa. Entretanto, a responsabilidade dos sócios cooperados, que não participem direto das operações sociais, é limitada ao valor de suas cotas, enquanto a responsabilidade dos sócios diretamente ligados às operações sociais é ilimitada e solidária. Além disso, a Cooperativa permite uma distribuição de lucros (também conhecidos como “sobras”) mais justa, pois é baseada na participação de cada sócio nas atividades da empresa.

Conclusão

A escolha do tipo de sociedade ideal para o seu negócio depende de diversos fatores, como o tamanho da empresa, a responsabilidade dos sócios e a distribuição de lucros. É importante avaliar todas as opções com cuidado e escolher a que melhor atende às necessidades do seu negócio. Consultar um advogado especializado também pode ajudá-lo a tomar a decisão correta.

Esperamos que este artigo tenha ajudado a esclarecer algumas diferenças entre os tipos de sociedade mais comuns no Brasil. Se você ainda tem dúvidas ou precisa de ajuda para escolher o tipo de sociedade ideal para o seu negócio, entre em contato conosco. Temos toda a expertise para lhe ajudar a encontrar o melhor tipo de sociedade para o seu negócio.

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